miércoles, 13 de noviembre de 2013

El racismo en Brasil: Sobre cotas para negros y pobres

Hace algunos ańos, el gobierno del PT impulsó la instauración de cotas para el ingreso a la universidad pública. A causa de que existen cupos y examen de ingreso, para quienes vienen de las clases populares es extremadamente dificil entrar a la universidad.

Los blancos de allá suelen ufanarse y decir "Brasil es una democracia racial", concepto que nunca entendí. Particularmente porque si eso significa lo que uno entiende, es una frase demasiado contradictoria con lo que uno ve claramente en los pasillos de una universidad cualquiera: los negros, a pesar de ser por lo menos la mitad del país, no están en la universidad pública, salvo rarísimas excepciones. Se los ve haciendo limpieza o como porteros o choferes. No como alumnos. Y los pocos que han podido ingresar, cuentan historias terribles, no sólo por venir de hogares menos pudientes, sino básicamente por los prejuicios y la discriminación racial.

La instauración de las cotas generó polémicas, de las cuales podemos hablar en otro post. En éste, quiero ponerles un fragmento de un texto escrito por un juez, William Douglas, que originalmente estaba en contra.

Lean

"Roberto Lyra, Promotor de Justiça, um dos autores do Código Penal de 1940, ao lado de Alcântara Machado e Nelson Hungria, recomendava aos colegas de Ministério Público que “antes de se pedir a prisão de alguém deveria se passar um dia na cadeia”. Gênio, visionário e à frente de seu tempo, Lyra informava que apenas a experiência viva permite compreender bem uma situação.

Quem procurar meus artigos, verá que no início era contra as cotas para negros, defendendo – com boas razões, eu creio – que seria mais razoável e menos complicado reservá-las apenas para os oriundos de escolas públicas. Escrevo hoje para dizer que não penso mais assim. As cotas para negros também devem existir. E digo mais: a urgência de sua consolidação e aperfeiçoamento é extraordinária.

Embora juiz federal, não me valerei de argumentos jurídicos. A Constituição da República é pródiga em planos de igualdade, de correção de injustiças, de construção de uma sociedade mais justa. Quem quiser, nela encontrará todos os fundamentos que precisa. A Constituição de 1988 pode ser usada como se queira, mas me parece evidente que a sua intenção é, de fato, tornar esse país melhor e mais decente. Desde sempre as leis reservaram privilégios para os abastados, não sendo de se exasperarem as classes dominantes se, umas poucas vezes ao menos, sesmarias, capitanias hereditárias, cartórios e financiamentos se dirigirem aos mais necessitados."

El texto completo, aquí

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